Como vamos aumentar nosso espaço — e isso significa obra, que significa pedreiro, que significa bagunça —, resolvemos começar a guardar algumas coisas pra facilitar a movimentação. Assim, até que enfim, o enciumado Marcelo guardou todas as tampinhas que guardamos desde que abrimos a loja (isso sem contar o que o pessoal leva, é claro!). Não tivemos paciência de contar mas, pesamos: 12 kilos em um ano e meio!
Depois do meeega temporal que deu em Ribeirão Preto na última sexta-feira, ainda deu tempo de abrir o maior sol no fim da tarde. A dupla aproveitou e saiu do trabalho direto pra cá, pra começar bem o finde! ;)
Pois é... Tudo atrasado. Motivos não faltam: uma crise de labirintite que derrubou (literalmente) a Gabi por uma semana; trabalho das 8h da manhã às 22h (ê, Natal!) pra mais; o notebook que deu pau (com TODAS as fotos. Elas não estão perdidas, mas ainda não conseguimos recuperar, ok!?) e junte a tudo isso um meeega cansaço, graças à deliciosa demanda por boas cervejas para as festas de fim de ano.
Não abandonamos o blog, não estamos bêbados o suficiente (ainda!). Só não estamos em condições para contar tudo que aconteceu nesse mês quente e delicioso!
Mas já dá pra fazer uma boa retrospectiva do ano que chega ao fim:
* Realmente é inacreditável o tanto de amizades que a cerveja é capaz de conceber. E amizades verdadeiras, hein!? * O movimento cervejeiro no Brasil, mas pra gente principalmente em Ribeirão, só vem crescendo e de uma maneira muuuito saudável e com qualidade; * Os contatos com cervejeiros de outros Estados, os amigos cariocas, mineiros, catarina, paranaenses, paulistas, pernambucano só trouxeram boas surpresas pra gente. E como foi boa aquela Brasil Brau, hein!? * Nossa festa de um ano, a Oktoberfest do Biergarten comprovou o tanto que a cultura cervejeira vem mudando: nada de simplesmente encher a cara, mas sim, beber com qualidade e boa companhia! * As cervejas que degustamos juntos no Biergarten – presentes, caseiras, novas experiências cervejeiras – foram todas experiências extraordinárias. Tanto pela companhia quanto pela bebida em si; * E quantas cervejas diferentes tomamos, hein? Como chegou coisa boa ao mercado brasileiro: lambics, caseiras, artesanais inusitadas, belgas pra caramba, champenoises, fortes, suaves. De tudo! E o melhor: tudo indica que é só o começo. * Acreditamos que conseguimos doutrinar muita gente para a boa cerveja. Isso mesmo: gente que só tomava o convencional e se apaixonou pelas cervejas de qualidade e ainda vemos esses “doutrinados” doutrinando mais gente. É uma onda sem fim, se Deus quiser!
Enfim, a gente só tem a agradecer: muito trabalho (mas muito mesmo!), muita cerveja (mais ainda!), muitos amigos. Boas risadas, ótimas conversas, novos conhecimentos. Satisfação, realização. Muito obrigada!
Realmente: beber é bom demais! E 2010 promete ser melhor ainda! ;)
Está em voga degustar cervejas diferenciadas. Reconhecer novos sabores, harmonizar a bebida com a gastronomia. Sem contar que tudo é muito refrescante e prazeroso.
Reunir-se com os amigos para falar de cerveja pode ser um bom encontro cultural. Reconhecer aromas e sabores diferentes é excitante mas, conhecer a história, os costumes e a forma como as cervejas foram criadas também é um bom bate papo.
As cervejas alemãs, por exemplo, seguem a Lei da Pureza, decretada em 1516 pelo duque da Baviera, que exige que só sejam usados água, malte, lúpulo e cevada (posteriormente, descobriram que a levedura também é um ingrediente fundamental) na composição. No Brasil, quando se fala de cerveja alemã, notadamente as pessoas já pensam em cervejas de trigo, as famosas weizens, mas na verdade, a cerveja mais consumida por lá são as lagers, principalmente as pilsens.
Aliás, as cervejas de tipo pilsen foram criadas na República Tcheca, para a comemoração do aniversário da cidade de Pilsen. Assim, foi criada a Pilsner Urquell (que significa “da cidade de Pilsen”), a primeira receita (e marca) do estilo que mudou a forma de se produzir cerveja.
Já as inglesas têm forte apelo para cervejas mais encorpadas como as porters — que têm esse nome porque foram usadas como alimento para os estivadores. Numa época de grandes navegações, nada melhor do que uma boa cerveja para animar os marinheiros.
Agora, as cervejas belgas, consideradas as melhores do mundo por diversos especialistas, são um caso à parte: não seguem padrões e muitas não se consegue definir o estilo. Mas pode acreditar: são fantásticas! Cheias de surpresas a cada gole. E sempre são uma ótima desculpa para conhecer a linda e pequena Bélgica, que tem mais de 5.000 rótulos para serem degustados.
No Brasil, seguindo o movimento que vem acontecendo já há alguns anos na América do Norte, há cada vez mais cervejeiros caseiros e estudiosos de cervejas. Os bebedores vêm se interessando mais e mais por cervejas que fujam de nossas já rotineiras pilsens bem levinhas. Como bons colonizados que somos, sempre absorvendo culturas, não temos nenhum preconceito em absorver todos os bons sabores que encontramos pelo mundo e dessa forma, encontramos um jeito apaixonante de fazer e beber cerveja!
Isso tudo, além de sede, nos instiga a viajar e conhecer de perto todas essas histórias cervejeiras!
No Guia da Fiusa, nos limitamos a uma foto para ilustrar o artigo. Aqui você pode acompanhar várias viagens cervejeiras e algumas sem sair do Empório Biergarten.
Artigo publicado na edição de setembro da publicação Guia da Fiusa.
A proposta inicial é fazer cerveja. Fato consumado, vamos às consequências: interesses em comum, encontros, novos amigos e melhor de tudo: boas cervejas!
Quando a gente abriu o Biergarten, acreditava que conheceria muitas pessoas e que falaria e tomaria muitas cervejas. Mas, não sabíamos a dimensão deste movimento cervejeiro e que faríamos parte dele. Aquela história de que “nunca fiz amigos bebendo leite” é verdadeira, mas não esperávamos que fosse tão bom conhecer essa gente toda!
Gente interessante e interessada, que tem conteúdo e muita vontade de aprender mais e mais. O Primeiro Encontro da ACervA Paulista, que aconteceu aqui na “lujinha”, no último sábado (05/09), nos mostrou que, além de fazer cerveja, todo mundo quer se ajudar: trocar informações, estudar maltes e lúpulos, apresentar suas receitas inusitadas. Muitas cervejas com especiarias, muitas cervejas fortes, muitas cervejas de quem está começando. Muitas cervejas para sempre serem melhoradas, com a ajuda da opinião de um, do gosto de outro, do interesse de ouvir de quem a fez.
O melhor é descobrir quem são essas pessoas por trás de cada cerveja: físico, químico, profissional de informática, veterinário, arquiteto, consultor, advogado, estudante. Uma infinidade de pessoas comuns que se tornam especiais por fazerem algo tão especial.
Mais do que a própria cerveja, o clima que se cria. A integração, a simpatia, as características de cada um se sobressaem a cada gole. E que boas características!
Num dia de festa, não há como deixar de gostar de cada um dos cervejeiros que passaram por aqui. Foram muitas cervejas, muitos aromas e sabores, muito carinho para cada uma delas. Tem jeito de dar errado?
Parabéns a todos! Foi um prazer imenso conhecê-los e estreitar laços. É o movimento cervejeiro a todo vapor! Ou seria melhor dizer maturando muito bem? ;)
Teve muita gente (mais de 30 pessoas), teve muita cerveja (de perder as contas) e conseguimos nos lembrar e buscar nos blogs do pessoal essas abaixo:
::BackYard Dunkelweizen, do Hugo, de Jundiaí (ele fala alemão!); ::Conscerva Imperial Stout, do Edwar, de Santos (ele fez vídeo do evento!); ::Todas as cinco receitas da Magnus Prime Beer, do Carlos Magno, de SP; ::A cerveja do Afonso, de Campinas, da A Turma da Cerveja, que nem ele soube definir o estilo; ::Cervejas com cravo, gengibre e uma bock do Márcio, de Vargem Grande Paulista; ::A weiss lupulada do Atelier da Cerveja, do Fábio e da Lelê, de SP; ::Cerveja com cravo, do Boto, de São Carlos; ::Cervejas do Alex, de São Paulo; ::Cerveja do Fulvio, de São Paulo (que não veio mas, mandou a sua contribuição!); ::A pilsen, primeira produção do Renato, de Mogi; ::Lamas Bier esteve presente com David, Élcio e Francisco (e foi a cobertura deles que saiu no Brejas!).
A gente acha que teve mais e se alguém quiser ajudar, é só falar que atualizamos a lista. Mas deu pra perceber que o pessoal não foi nada fraco, né!? E depois, ainda foram pro Vila Dionísio — a continuação da boa cerveja!
Nosso amigo e cliente, Tadeu, nos trouxe essas raridades para tirar a "prova dos 9". Ele comprou esses copos como sendo os copos comemorativos da abertura da Cia. Antarctica Paulista, em Ribeirão Preto.
A história é a seguinte: eram três irmãs que sempre moraram num casarão da Av. Saudade, num dos bairros mais antigos de Ribeirão Preto, o Campos Elíseos. Quando todas morreram, colocaram tudo que havia dentro da casa para leilão (para se imaginar o tamanho do espaço, havia inclusive uma igreja lá). O Tadeu foi ver o que havia por lá (já tinham vendido quase tudo) e encontrou esses copos que foram vendidos pra ele como sendo originais.
Aqui fica o desafio: alguém saberia realmente afirmar que esses são copos originais daquela época? De qualquer forma, são umas gracinhas e contam um pouco da história da "terra do chopp"!
A Skinny Blond Beer traz uma pin up em seu rótulo que faz topless quando a cerveja vai acabando.
Em tradução livre, “loira magrinha” foi idealizada pelo baterista Hamish Rosser, o ator Richie Harkham e o artista Jarrod Taylor. Eles colocaram no rótulo da cerveja uma mulher com um top feito de uma tinta que apaga conforme a temperatura sobe.
Assim, a “Skinny Blonde Beer” se tornou a nova sensação da Austrália, não tanto por seus carboidratos de baixo índice glicêmico, quanto pelo topless da gostosona do rótulo. E a brilhante ideia dos três criadores, pasmem, surgiu em uma noite de bebedeira. Conheça os 3 e a cerveja aqui.
Com a chegada das cervejas da Christoffel ao Biergarten, conseguimos trazer o nome de uma ilustre pessoa para o nosso meio. Com vocês, Robertus Justus:
Marcelo e 12 Kg de tampinhas.
