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Uma viagem cervejeira

Está em voga degustar cervejas diferenciadas. Reconhecer novos sabores, harmonizar a bebida com a gastronomia. Sem contar que tudo é muito refrescante e prazeroso.

Reunir-se com os amigos para falar de cerveja pode ser um bom encontro cultural. Reconhecer aromas e sabores diferentes é excitante mas, conhecer a história, os costumes e a forma como as cervejas foram criadas também é um bom bate papo.

As cervejas alemãs, por exemplo, seguem a Lei da Pureza, decretada em 1516 pelo duque da Baviera, que exige que só sejam usados água, malte, lúpulo e cevada (posteriormente, descobriram que a levedura também é um ingrediente fundamental) na composição. No Brasil, quando se fala de cerveja alemã, notadamente as pessoas já pensam em cervejas de trigo, as famosas weizens, mas na verdade, a cerveja mais consumida por lá são as lagers, principalmente as pilsens.

Aliás, as cervejas de tipo pilsen foram criadas na República Tcheca, para a comemoração do aniversário da cidade de Pilsen. Assim, foi criada a Pilsner Urquell (que significa “da cidade de Pilsen”), a primeira receita (e marca) do estilo que mudou a forma de se produzir cerveja.

Já as inglesas têm forte apelo para cervejas mais encorpadas como as porters — que têm esse nome porque foram usadas como alimento para os estivadores. Numa época de grandes navegações, nada melhor do que uma boa cerveja para animar os marinheiros.

Agora, as cervejas belgas, consideradas as melhores do mundo por diversos especialistas, são um caso à parte: não seguem padrões e muitas não se consegue definir o estilo. Mas pode acreditar: são fantásticas! Cheias de surpresas a cada gole. E sempre são uma ótima desculpa para conhecer a linda e pequena Bélgica, que tem mais de 5.000 rótulos para serem degustados.

No Brasil, seguindo o movimento que vem acontecendo já há alguns anos na América do Norte, há cada vez mais cervejeiros caseiros e estudiosos de cervejas. Os bebedores vêm se interessando mais e mais por cervejas que fujam de nossas já rotineiras pilsens bem levinhas. Como bons colonizados que somos, sempre absorvendo culturas, não temos nenhum preconceito em absorver todos os bons sabores que encontramos pelo mundo e dessa forma, encontramos um jeito apaixonante de fazer e beber cerveja!

Isso tudo, além de sede, nos instiga a viajar e conhecer de perto todas essas histórias cervejeiras!

(No Guia da Fiusa, nos limitamos a uma foto para ilustrar o artigo. Aqui você pode acompanhar várias viagens cervejeiras e algumas sem sair do Empório Biergarten.)


Artigo publicado na edição de setembro da publicação Guia da Fiusa.

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