Começa neste final de semana a Oktoberfest de Blumenau. Pesquisando por aí, encontramos uma matéria bem legal pra divulgar aqui:
Sabor europeu
Por Luma Santos, de Blumenau
O chope é o líquido mais apreciado em Blumenau — e muito consumido nesta época
A tradição, a cultura, a comida e a bebida fazem de Blumenau — principalmente em outubro, quando há a Oktoberfest — muito mais germânica que brasileira. A bebida mais consumida aqui na cidade, depois da água (há quem diga que é o contrário, mas vamos deixar por isso mesmo) é a cerveja.
Mas, como isso começou?
Todo mundo sabe (pelo menos quem estudou em Blumenau) que o Dr. Blumenau e alguns colonos da Alemanha vieram de barco pelo Rio Itajaí-Açú e pararam por estas terras ermas. Os alemães, com sede, resolveram tomar uma ‘bier’, mas tinha acabado. Como eles estavam com a garganta seca, resolveram abrir uma cervejaria para acabar com ela.
Tá, não foi assim, a gente confessa. Mas, tudo começou com a colonização alemã (ao menos isso). Einrich Feldmann trouxe da Alemanha a receita de cerveja artesanal em 1898 onde inaugurou a Cervejaria Feldmann, que foi sustento da família até 1950. Você pode encontrar o maquinário utilizado pela família Feldmann para a fabricação do chope no Museu da Cerveja, localizado no começo da Rua XV de Novembro. Ele fica aberto de segunda a segunda; das 9h às 19h, durante a semana; e das 10h às 18h, nos fins de semana e feriados.
A cerveja e o chope
O líquido dourado, amargo, com sabor inigualável para os apreciadores da “galega” é uma junção perfeita de água, malte, lúpulo e fermento. Todos os ingredientes da receita têm que ser NECESSARIAMENTE nessa ordem para que dê certo.
Como é feito?
Para a fabricação da cerveja, além dos ingredientes citados acima, necessita-se de outros fatores, como temperatura, qualidade da matéria-prima e no mestre cervejeiro. Passos importantes:
PASSO 1. MOSTURAÇÃO
Um nome esquisito, mas é bem simples de entender: o malte, já moído, é posto em água quente (feito um chá) para que as enzimas transformem o amido do malte em açúcares, para que depois fermentem e vire álcool.
PASSO 2. FERMENTAÇÃO
Depois de uma hora, é retirado o bagaço do malte e o lúpulo é acrescentado (ele é que dá sabor e aroma à cerveja). Esse líquido é resfriado e é colocado para fermentar em um tanque por 6 dias. O levedo é o fermento usado para a fabricação do chope. Ele se alimenta dos açúcares do malte, para a transformação do álcool.
PASSO 3. MATURAÇÃO
Quanto maior o calor da água, mais rápido o fermento age. Para interromper esse processo, o líquido é resfriado a zero grau. Durante 14 dias, deixa-se a levedura decantar para uma parte afunilada do tanque.
PASSO 4. FILTRAÇÃO
Esse é o último passo para a fabricação do chope. Algumas microcervejarias optam por não fazer esse processo para obter um líquido mais turvo, mas há aquelas que o preferem mais transparente.
PASSO 5. PASTEURIZAÇÃO
Esse processo é o que diferencia a cerveja do chope. A bebida, que já está engarrafada, é aquecida em temperatura de 75ºC por 15 minutos, ocasionando uma pequena alteração de sabor.
Tipos
Qualquer tipo de modificação no processo, desde temperatura, torração do malte, água, filtragem, modificam os tipos existentes do chope.
*Pilsen: mais indicado para matar a sede e é o mais consumido no Brasil.
*Bock: de cor escura.
*Weizenbier: é originário do sul da Alemanha, e além do malte de cevada é adicionado malte de trigo, para ficar mais turvo.
*Pale Ale: é mais adocicada e amarga. Tem cor acobreada.
*Porter: mais cremosa, é produzida com malte torrado e é originária da Inglaterra.
*Malzebier: é a pilsen com corante caramelo adicionado e é mais adocicada.
PARA DEGUSTAR!
Só no Vale do Itajaí, há várias cervejarias, onde você pode visitar e degustar. No total são 7!
Conheça todas aqui no blog do Empório Biergarten:
– Eisenbahn, em Blumenau;
– Bierland, em Blumenau;
– Schornstein, em Pomerode;
– Borck, em Timbó;
– Heimat, em Indaial;
– Zehn Bier, em Brusque;
– Das Bier, em Gaspar.